Por José Geraldo Garcia, CIO da Homine
Clientes e colegas me perguntam sobre quais são os fatores-chave de sucesso para se inovar no mercado de Tecnologia da Informação. Você acha que o caminho são as novas tecnologias como o Machine Learning? Precisamos formar um time altamente técnico para inovar? Qual é o investimento necessário? O retorno é garantido?
São muitas questões, mas as respostas são mais simples do que imaginamos.
Estamos vivendo uma revolução tecnológica que transforma nossas vidas a cada dia. Com um toque na tela do smartphone, é possível saber a previsão do tempo em Cingapura, solicitar um carro, alugar uma bicicleta do meio da rua ou fazer um call de trabalho de qualquer lugar.
Já no dia a dia do nosso universo de TI, lidamos com migrações de sistemas, programações robustas e implantações de soluções para a automação dos processos dos clientes. Por ofício, somos profundamente tecnológicos. Necessitamos conhecer o que há de mais avançado na tecnologia – Inteligência Artificial, Computação Cognitiva, Blockchain, Big Data, Biometria, para mencionar apenas algumas delas – e entender como essas novidades trazem mais valor para as empresas-clientes.
O fato é que as novas tecnologias estão aí no mercado, disponíveis para todos, prontas para serem incorporadas em processos, produtos e sistemas. Para inovar, contudo, é preciso ir além delas. Mas como?
Por meio de duas estratégias: antecipação e sinergia.
Inovar é sair na frente e se antecipar à “dor” da empresa e/ou mercado. É entender os gargalos operacionais que geram custos e ineficiências, as dificuldades das rotinas de trabalho e dos processos realizados em todas as áreas: fiscal, contábil, administrativa, logística e produção. É preciso não só “estar dentro” das organizações, mas sobretudo “por dentro” delas: compreender seus negócios e absorver as suas dores. E a partir daí criar a solução inovadora que vai desatar os nós da empresa, trazendo mais eficiência, resultado e simplicidade.
A sinergia com parceiros e desenvolvedores, por sua vez, é crucial para a entrega de soluções transformadoras aos clientes. Se hoje você não possui o conhecimento necessário em Deep Learning, por exemplo, para criar um programa que vai “mudar a vida” de uma empresa, então busque parceiros e profissionais que possam se unir a você para desenvolver a melhor solução possível. O potencial técnico e de inovação de uma empresa não é – e não pode ser – estanque: ele é incremental e aberto a colaborações, por meio de sinergias e parcerias. Nesse sentido, a capacidade inovadora não conhece limites.
Voltando à questão inicial, a adoção de novas tecnologias é um fator-chave de sucesso para se inovar no segmento de TI, porém é o mais básico deles. Antecipar-se às necessidades do mercado e trabalhar em sinergia para a construção de soluções transformadoras são fatores que, de fato, fazem girar a roda da inovação.
Roda que, aliás, gira cada vez mais rápida. Não há tempo a perder.